sábado, janeiro 27, 2007

As cores alucinantes do Parque Guell:














Esta semana tivemos um mini encontro de blogueiras. A Cris esta por aqui visitando Barcelona, e aproveitamos pra finalmente encontrar com a Alex. Um almoço no maravilhoso restaurante Wushu (ao lado do Mercado Santa Catarina). E um papo legal entre três pessoas que não se conheciam pessoalmente, mas que são amigas cibernéticas. Afinal de contas, os blogs servem pra alguma coisa!

E vejam que comidinhas deliciosas experimentamos no Wushu:








terça-feira, janeiro 23, 2007

Parece que não posso assinar daqui de longe, então só me resta ler a TPM pela internet. Mas posso fazer propaganda às sortudas que moram no Brasil. Comprem a revista TPM. A única sem dietas idiotas, sem paginas e paginas de cosméticos caros que não servem pra nada. A única que diz que as roupas do "certo e errado" são todas certas, e melhor ainda, a única com "barriguinha power". Leiam.




Um dia agitado. Fiquei esperando o telefonema de uma cliente, para poder continuar o trabalho. Mas nada. Mandou um e-mail dizendo que me liga semana que vem. Os outros estão iguais. No final das contas não tenho quase nada de trabalho estes dias. Entonces, virem madame desocupada, e enchi meu dia com compromissos, tentando não passar um dia na frente da TV!

De manha fui piscina. Faziam anos. E olha que gosto de fazer exercícios. Mas morando em Paris, sempre ficava com preconceito. Afinal de contas, encontrava muita gente que realmente não fazia questão nenhuma de tomar banho todos os dias, ou nem sequer de escovar os dentes! Pois bem, agora estou na Espanha, onde tudo parece mais aos padrões brasileiros. Fui na piscina, eu e um monte de velhinhos simpáticos. Acho que foi o horário, mas foi engraçado. Me senti muito jovem e diferente. Veremos amanha como ficam as dores musculares de quem tem uma professora de pilates que foi viajar durante quatro meses!

Depois continuei com as aventuras de cabelo. Tenho cabelo curto, não há muita coisa que se pode dar errado, mas comigo, sempre da! Como estou sem muito trabalho, e consequentemente sem grana, descobri a maravilhosa escola do Jean Louis David. Sempre cortei os cabelos neles em Paris, nos tempos de estudante. Aqui foi otimo. Por 3 euros, no pior dos casos fica um desastre, e é só voltar no dia seguinte, e cortar outra vez. Mas ficou legal. A mocinha morria de medo de chegar na frente, e mesmo com muita insistencia da minha parte, não cortou curtinho na frente. Ficou adolescente rebelde, mas legal. Mesmo numa trintona como eu!

Essa noite vou ver Scoop, do Woody Allen. Me parece muito no mesmo estilo do Match Point, mas como esse foi fantástico, vou ver outro igual com o maior prazer!




sexta-feira, janeiro 19, 2007

Barcelona Gaudi




quinta-feira, janeiro 18, 2007

Ou Isto ou Aquilo

Adoro dormir até tarde, mas também gosto de acordar cedo. Gosto de trabalhar em casa, sozinha, mas gosto muitissimo de trabalhar com outras pessoas. Gosto de agito, mas gosto de ficar quieta. Gosto de crianças mas ainda não quero filhos. Adoro escrever, mas acho que escrevo muito mal. Ou as vezes acho que escrevo bem. Orkut é legal, mas é estranho publicar a sua vida na internet. Mas eu publico. As vezes prefiro os gatos, outras os cachorros. às vezes a vida me puxa em direções opostas, e às vezes isso é muito bom.




Hoje sai de casa cedo, antes das 10. Quem trabalha em casa sabe que, mesmo acordando cedo todos os dias (levanto com o Monsieur às 7h30), a gente tem tendências a não por a cabeça pra fora por um bom tempo.
Mas hoje sai à pé, pra encontrar uma cliente. E fiquei numa felicidade boba. Tonta de tão alegre. Estamos em Janeiro, pleno inverno, e o sol está baixo, mas a temperatura está uma delicia e o céu azul, azul. Pouca gente nas ruas (aqui tudo começa mais tarde, pra eles 7h30 da manha é madrugada). Tudo me parecia tão bonito. A cidade acordando, os bares abrindo, a vida começando. Me deu uma sensação de sorte imensa, de poder viver nessa cidade tão boa, tão acolhedora, tão Barcelona.




segunda-feira, janeiro 15, 2007

Nosso laptop, meu filho, esta tendo alguns probleminhas recentemente. Ele começa a apitar, porque esta esquentando demais. Principalmente quando estou usando Dreamweaver. E trabalho com Dreamweaver, sem este programa não posso fazer nada. Procurei na internet, pra ver se alguém tinha alguma ideia fantástica, mas nada de mais. Monsieur viu um negocio em uma loja de computadores, uma espécie de mesinha, sobre a qual a gente coloca o laptop, que tem uns mini ventiladores, e mantém o computador fresco. Fomos visitar a loja, pra ver os preços.
Quando entro naqueles lugares, quase que me da urticaria. Odeio lojas de nerds. Mesmo sendo uma grande nerd, tendo estudado computação na faculdade e tudo mais, não suporto esses lugares. Porque será que eles tem que ser tão feios, com aquelas luzes horríveis, cheios de vendedores mal humorados? Saímos de la correndo, porque a tal mesinha custava 45 euros. Achei ridículo de caro.
Voltamos pra casa, e procuramos na internet. Tinha modelos de 2 euros, vindos direto de Hong Kong, e outros na mesma faixa de preço. Nada de intermediário. Eu sou sempre neurótica com grana, e queria comprar o baratinho, mas o Monsieur tentou racionalizar a coisa. Se a gente compra uma merda, e o computador frita, vamos ter que gastar muuuuuuuuuuuuito mais pra comprar outro. Vendo as coisas assim, até eu concordei. Fui comprar o treco hoje de manha, e o meu computo esta contente, na sua mesinha geladinha. Claro que agora que eu quer ver o bichinho esquentar, pra testar a mesinha, ele fica ai, todo gostosão, com a temperatura normal. Veremos se funciona:




sexta-feira, janeiro 12, 2007

Não gosto de jogar comida fora, me da nos nervos. Deve ser coisa de pobre herdada dos meus pais (eles não são mais pobres, mas quando jovens não tinham muito de sobra, e essas experiências deixa sequelas nas pessoas). Enfim, me parece um desperdício horrível, quando sobra comida, e não consigo comer tudo nos dias seguintes. Monsieur não come restos. Acredita que seu sistema é delicado demais pros restos. A não ser que os restos estejam bem disfarçados, pensa que se sente mal. Mas a criatividade necesaria pra disfarçar os legumes de ontem também me da nos nervos. Então, de vez em quando, tenho que jogar comida fora.

Antigamente os bichos comiam os nossos restos. Mas hoje em dia os cães e gatos só comem comida chique, de marca. Mais chique até do que comemos nos.

Então não me resta outra solução. Vou jogar a comida fora.

E você com isto, né? Pois é, nada. Texto inútil. As vezes acontece.




quinta-feira, janeiro 11, 2007

Links

Esse aqui é bom. Encontrei na TPM.




sexta-feira, janeiro 05, 2007

Viver na França

Bastante tempo atrás, a Cris deixou um comment aqui, perguntando sobre o que eu achei de morar tanto tempo na França. Até agora não respondi, mas achei a pergunta interessante, e então aqui vai:

França e Paris são muito diferentes, e eu conheço muito pouco da França de verdade. Morei 11 anos em Paris, e como a maior parte do tempo era estudante muito pobre, não tive muitas oportunidades de viajar pelo pais. Cheguei em Paris com 19 anos, pra fazer a faculdade, e foi uma experiência incrível. Ter liberdade e independência pela primeira vez numa cidade como Paris é fascinante. Fiquei impressionada com a riqueza da cultura e historia da cidade, e fiz de tudo pra aproveitar ao máximo. Aprender a falar Francês foi complicado, porque minha faculdade era americana, e todo mundo falava inglês. Mas fui morar com um menino brasileiro que tinha muitos amigos franceses, e depois de um ano de sair com eles, e não poder abrir a boca por timidez de falar tudo errado, resolvi falar só em Francês em casa, e aprendi na marra. Na época eu não via muito a beleza da língua, e demorou pra mim me esforçar pra aprender direitinho. Hoje em dia fico transbordando de felicidade quando os próprios franceses dizem que eu falo quase sem sotaque. Mas foi duro, e eles não ajudam em nada. Os parisienses, quando você esta aprendendo a falar a língua deles, não tem nenhuma paciência, e preferem dizer que não entendem nada, e sair de perto, do que fazer um esforço pra se esforçar à entender, e se interessar em comunicar com os estrangeiros. Acho que também, naquela época, o Brasil não era um pais tão na moda e fascinante pra eles, então mostravam menos interesse.

Porém depois de uns 6, 7 anos, Paris começa a cansar muito. O povo, que tem de tudo, parece muito infeliz. Eu não canso de comparar as pessoas sentadas dentro de um metro ou onibus em Paris com as que estão no Brasil. Os Franceses tem seguro de trabalho, educação praticamente de graça, seguro médico pra todos, seguro de desemprego, seguro de tudo. Acordar um dia sem nada na vida em Paris é bastante difícil. E no Brasil, acontece todos os dias, à todos. O brasileiro, se não pode pagar o médico, morre no corredor do hospital. Se não tem trabalho, passa fome. Se não pode pagar a escola, não aprende à ler. E ponto final. Por isso sempre fiquei com muita raiva daquelas caras de infelizes.

O que mais me assustou durante meus anos na cidade foi a falta de humanidade do povo. Uma vez estava no metro, de manha cedo, lotado, e uma menina desmaiou. Caiu no chão, completamente desacordada. Fui a ÚNICA pessoa a ajudar. E tive que brigar muito pra conseguir puxar a alavanca de emergencia, pra poder parar o trem e tirar a coitada da menina. Os passageiros não queriam, porque aquilo era só pra usar em caso de emergencia. Pode? Cheguei na faculdade tremendo.

Do outro lado da moeda, a cultura, a historia, a beleza da cidade não tem preço. Aprendi sobre musica, cinema, cultura, arte, literatura, e muito mais, durante a minha vida parisiense. E isso não tem preço.

Chegando em Barcelona vejo os contrastes. As pessoas são muito calorosas, gentis com os outros na rua, amáveis com os turistas (mesmo se eles são extremamente irritantes), e tanto mais. Falo espanhol muito mal, mas eles sempre me entendem. Acabei achando que era a rainha da cocada preta em termos de língua aqui, antes de perceber que eles se esforçam demais pra aceitar todos os sotaques, todos os erros, e nunca fazer careta pra nos, estrangeiros tontos. Eles sorriem na rua, se interessam por todos, e reconhecem a importância dos turistas e estrangeiros na economia deles.

Em termos de cultura, historia, e tal, eles são muito mais jovens do que os franceses, em todos os sentidos. A cultura e historia esta mais pra grafiti e cabelos azuis do que pro Museu do Louvre e a elegância francesa.

As coisas são muito diferentes. Mas a verdade é que morar em Paris foi uma experiência incrível, e eu não seria quem sou se tivesse vivido esse tempo todo em outro lugar.




quinta-feira, janeiro 04, 2007

The book is on the table

E não é que ela voltou?

http://adioslounge.blogspot.com




O café de gente chique

Papai Noel nos deu um presente super chique esse ano: uma maquina de
café expresso. Linda, fofa, maravilhosa.



Ela veio com 12 copinhos de café bonitinhos, cada um de um sabor diferente, pra que a gente experimentasse todos. Luxo total.



Agora que acabaram os copinhos, fui procurar a loja nespresso mais próxima, pra comprar mais. Ela fica no Passeig de Gracia, a rua mais chique e cara de Barcelona. Uma loja de café. Fui atrás, subi a avenida. Passei pela Chanel, pela Ferragamo, e logo depois da loja do Yves Saint Laurent, la estava ela, a minha lojinha de café. Bonitona, na esquina.

Como sua vizinha, YSL, ela não tinha nenhum preço aparente. Lojas de gente chique mesmo fazem isso. Afinal de contas, se você tem suficiente grana pra ousar entrar, preços são detalhes sem importância.

La estavam todas as maquinas de café, e os benditos copinhos, alinhados pela parede toda. Tudo muito chique e design.

Eu, que só queria saber os preços, pagar pelos copinhos, e voltar pra casa trabalhar tive uma surpresa. A loja lotada, e pra ser atendida tinha que pegar um numero, como no correio, e esperar na fila. As opções eram muitas: comprar uma maquina, comprar café, informações sobre maquinas, informações sobre cafés, reclamações, serviço pós venta, e por ai vai. Escolhi o botãozinho da compra de café. Saiu o numero 382. Olhei pra parede, e vi que estavam no 330! 330!!! Ou seja, fora toda aquela frescura, eu ainda tinha que esperar 52 pessoas! Ahhhhh, mas me poupe! Eu não sou chique desse jeito não, e se o luxo for isso, eu quero é ser uma pessoa pobre e simples, que compra café por 3 reais no supermercado.

Fui embora, vou beber chá!