segunda-feira, setembro 03, 2007

"Ema, ema, ema, cada um com seu probrema!"

Ando conversando bastante com a minha mãe. (Ela diz que esta escrito no meu mapa astral que estou numa fase onde sinto muitas responsabilidades, e por isso tenho que "cuidar" dela sempre. Não acredito em mapas astrais, mas que faz sentido, faz). Enfim, falando com ela hoje, ela me contou que um moço muito simples, empregado de uma amiga dela, apareceu com a rima ai:

"Ema, ema, ema, cada um com seu probrema!"

E não é que tem tudo a ver. Porque eu tenho enxaquecas, a mama tem problemas sérios de pulmão, minha irmã tem rinite alérgica violenta, o Monsieur não consegue digerir nada com leite ou derivados dentro, meu amigo tem gastrite, outra amiga tem um caroço no seio (que não é câncer, mas tem que examinar sempre), outra tem uma perna ligeiramente mais comprida que a outra, o que gera vários problemas ortopédicos, mesmo que não se vê.

O importante, diz a minha mãe, é que a gente entenda que temos todos alguma coisa, e o jeito é aceitar, e aprender a viver com isso. Vindo de uma senhora que esta fazem dois anos entrando e saindo de hospitais, achei muito bonito. Minha mãe leva a vida dia à dia, sem fazer planos além do amanha. E esta aceitando esta sua condição.

Tenho dificuldade em aceitar que tenho enxaquecas, e que as vezes tenho que ficar um dia ou dois dentro de casa, largada. Mas quando a gente vê que tem tanta gente com suas coisinhas de saúde, e que todos vamos levando, vou aprender a aceitar, e a viver com isso. Porque tenho uma vida muito bonita no momento, com muita sorte, numa cidade que amo, com amigos muito queridos em volta. Tenho um trabalho que eu adoro, que não me ocupa a vida toda. E tenho o sol, e o mar ali pertinho. Então vou levando o meu "pobrema", porque cada um tem o seu, mas pode sempre ser pior.