Só de Sacanagem
Ana Carolina
Meu coração está aos pulos.
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Tudo isto que está aí no ar,
Malas, cuecas, que voam entupidas de dinheiro,
Do meu dinheiro, do nosso dinheiro,
Que reservamos duramente,
Pra educar os meninos mais pobres que nos,
Pra cuidar gratuiramente da saúde deles e de seus pais.
Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade, e eu não posso mais.
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos dificeis existem pra aperfeiçoar o aprendiz.
Mas não é certo que as mentiras dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coraçao tá no escuro.
A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó,
E os justos que os precederam.
Não roubaras!
Devolva o lapiz do coleguinha,
Esse apontador nao é seu, minha filha.
Pois bem, se mexeram comigo,
Com a velha e fiel fé do meu povo sofrido,
Então agora vou sacanear.
Mais honesta ainda eu vou ficar,
Só de sacanagem.
Dirão: deixa de ser boba,
Desde Cabral que aqui todo mundo rouba.
E eu vou dizer: Não importa, será esse meu carnaval.
Vou confiar mais e outra vez,
Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos.
Vamos pagar limpo a quem a gente deve,
E receber limpo do nosso fregues.
Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.
Dirão: é inutel, todo mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homen que veio de Portugal.
E eu direi: não admito, minha esperança é imortal.
E eu repito, ouviram? Imortal.
Sei que não dá pra mudar o começo, mas se a gente quiser, vai dar pra mudar o final.
Ana Carolina
Meu coração está aos pulos.
Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
Tudo isto que está aí no ar,
Malas, cuecas, que voam entupidas de dinheiro,
Do meu dinheiro, do nosso dinheiro,
Que reservamos duramente,
Pra educar os meninos mais pobres que nos,
Pra cuidar gratuiramente da saúde deles e de seus pais.
Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade, e eu não posso mais.
Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
É certo que tempos dificeis existem pra aperfeiçoar o aprendiz.
Mas não é certo que as mentiras dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coraçao tá no escuro.
A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó,
E os justos que os precederam.
Não roubaras!
Devolva o lapiz do coleguinha,
Esse apontador nao é seu, minha filha.
Pois bem, se mexeram comigo,
Com a velha e fiel fé do meu povo sofrido,
Então agora vou sacanear.
Mais honesta ainda eu vou ficar,
Só de sacanagem.
Dirão: deixa de ser boba,
Desde Cabral que aqui todo mundo rouba.
E eu vou dizer: Não importa, será esse meu carnaval.
Vou confiar mais e outra vez,
Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos.
Vamos pagar limpo a quem a gente deve,
E receber limpo do nosso fregues.
Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.
Dirão: é inutel, todo mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homen que veio de Portugal.
E eu direi: não admito, minha esperança é imortal.
E eu repito, ouviram? Imortal.
Sei que não dá pra mudar o começo, mas se a gente quiser, vai dar pra mudar o final.
1 Comments:
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