"O que aconteceria se durante quatro dias todos saíssem nas ruas, e todas as esquinas virassem palcos? Isso acontece em Barcelona uma vez por ano, por volta do dia 24 de Setembro. A cidade esta de Festa Maior".

Jordi Hereu
Alcalde de Barcelona

Isso é a festa da Mercé, a santa padroeira da cidade de Barcelona.

Você sabia que, batendo o dedo do meio na porta com um pouco de força, fica praticamente impossível de escrever no computador depois? Pois é. Estava saindo pra encontrar com a Jess, atrasada, com pressa, e prensei o dedo. Agora levo 3 vezes mais tempo pra colocar minha senha e entrar no e-mail. Sem nem pensar em escrever cositas em html. Eu mereço...

As vezes, quando a gente cisma com alguma coisa, quando a gente quer algo de verdade, conseguimos.

Algumas semanas atrás, vi este colar, feito por uma moça muito legal, e me apaixonei. Era bastante caro, então não podia imaginar de comprar-lo. E não é que no final, vou fazer o site dela, e ela me deu o tal colar em troca?

A foto não mostra o quanto ele é lindo. Espero que o site dela será tão lindo quanto, um dia, quando terminaremos direitinho.

O que você faria?

Se você tivesse um casal de amigos muito queridos, pessoas que você admirasse muito, e um dia descobrisse que o marido está dividindo sua cama com uma mocinha? O que você faria?

Durmi mal esta noite, e acordei um trapo. Não tinha vontade de fazer nada o dia todo, então fiz uma coleção de brochinhos:

Barriguinha Power

Nós, mulheres de uma certa idade, temos todas o mesmo problema. Aquela bendita protuberânciazinha que insiste em permanecer no abdómen, sem se importar com o tanto de exercício que fazemos, o tanto de coisas boas que não comemos, e o tanto de tempo que passamos obsesionadas por isso.

Conheço umas mocinhas que se preocupam tanto com isso, que já passaram à fase além. Não é nem uma questão de tentar comer menos antes de ter que colocar o biquíni. Não. É uma questão de simplesmente eliminar certas comidas da vida, pra sempre. Pra sempre mesmo. Por exemplo, elas não comem doces por nada. Queijo, nem pensar. Chocolate não faz parte do cotidiano, como para nós, outras, simples mortais.

E quando me comparo com elas, me sinto um lixo. Não tenho força de vontade pra eliminar comida da minha vida. E quando vou pra piscina, ou faço outros esportes (que convenhamos, temos que fazer), fico com mais fome ainda. Então como. E a protuberância continua ali, firme e forte. (Ou talvez não tão firme, mas que continua, continua).

Dai encontrei uma moça, um dia. Ela é linda, e cheia de paz. Não sei como chegamos à esse assunto imbecil, mas chegamos. Ela agarrou a pancinha dela, apertando bem, pra mostrar as banhas acumuladas. Olhou pra mim e disse: "Isso aqui, ó, é FELICIDADE! E eu não troco por nada!"

Sai de la feliz da vida. E fui comer queijo, que convenhamos, todos merecem!

Tive um domingo lindo. Foi o ultimo festival Hamaka do ano. Agora só em 2008. Montamos nossa barraquinha, vendemos bem, vi muitos amigos queridos. Passei o dia ouvindo musica, comendo bem, conversando com pessoas que adoro. Sai dali com um sentimento de total tranquilidade. Voltei pra casa à pé, com minha muamba (very glamour) mas com a certeza de que estou vivendo a vida que eu quero, fazendo o que eu quero, e com lindos projetos pro futuro próximo.

"Ema, ema, ema, cada um com seu probrema!"

Ando conversando bastante com a minha mãe. (Ela diz que esta escrito no meu mapa astral que estou numa fase onde sinto muitas responsabilidades, e por isso tenho que "cuidar" dela sempre. Não acredito em mapas astrais, mas que faz sentido, faz). Enfim, falando com ela hoje, ela me contou que um moço muito simples, empregado de uma amiga dela, apareceu com a rima ai:

"Ema, ema, ema, cada um com seu probrema!"

E não é que tem tudo a ver. Porque eu tenho enxaquecas, a mama tem problemas sérios de pulmão, minha irmã tem rinite alérgica violenta, o Monsieur não consegue digerir nada com leite ou derivados dentro, meu amigo tem gastrite, outra amiga tem um caroço no seio (que não é câncer, mas tem que examinar sempre), outra tem uma perna ligeiramente mais comprida que a outra, o que gera vários problemas ortopédicos, mesmo que não se vê.

O importante, diz a minha mãe, é que a gente entenda que temos todos alguma coisa, e o jeito é aceitar, e aprender a viver com isso. Vindo de uma senhora que esta fazem dois anos entrando e saindo de hospitais, achei muito bonito. Minha mãe leva a vida dia à dia, sem fazer planos além do amanha. E esta aceitando esta sua condição.

Tenho dificuldade em aceitar que tenho enxaquecas, e que as vezes tenho que ficar um dia ou dois dentro de casa, largada. Mas quando a gente vê que tem tanta gente com suas coisinhas de saúde, e que todos vamos levando, vou aprender a aceitar, e a viver com isso. Porque tenho uma vida muito bonita no momento, com muita sorte, numa cidade que amo, com amigos muito queridos em volta. Tenho um trabalho que eu adoro, que não me ocupa a vida toda. E tenho o sol, e o mar ali pertinho. Então vou levando o meu "pobrema", porque cada um tem o seu, mas pode sempre ser pior.