J’adore les artistes
O Monsieur anda dizendo, mais uma vez, que essa história de trabalhar com artistas simplesmente não dá lucro, e eu tenho que acabar com isso. O plano dele (o homen adora planos) é me colocar num curso de Php, para que eu re-aprenda a trabalhar com linguagens de programação mais evoluídas, e com bancos de dados. Teoricamente, eu já devia saber fazer essas coisas. Estudei sciencia da computação, afinal. Mas minha memória seletivíssima apagou certas coisas do meu HD. Pois então, prefiro os artistas, que não necessitam estas coisas, e que precisam de uma atenção bem diferente.
Ontem fui ver o M. A mulher mais maravilhosa do planeta conhece o M, que mora em Barcelona a tempos, e insistiu muito para que eu ligasse pra ele. Não sou muito de ligar para desconhecidos na cara dura, e me aprensentar, e me convidar à virar amiguinha deles. Mas ela insistiu muito. E ela é a mulher mais maravilhosa do planeta, então eu faço tudo o que ela quiser. Liguei pro M, suando e tremendo. Fui tomar um café com ele. M é um amor de pessoa. Como ela, ele tem aquela aura de pessoa que faz o que gosta, que o faz extremamente bem, e que assume. Esta faltando grana, mas ele prefere fazer o que acredita, e, diz, deixar pra aproveitar as liquidações do ano que vem, ir levando até lá com a blusa velha do ano passado. Ele é como ela, passar umas horinhas na sua presença faz bem pra alma. A gente perde muito tempo, mas vai embora com aquele sorriso idiota na cara, que vem de não sabemos bem onde. Um sorriso de paixão platonica por uma pessoa do bem.
Na primeira vez que encontrei M, ele foi logo dizendo que não queria fazer um site. Insistiu que não quer, não gosta, não precisa. Concordei na hora. Expliquei que achava que montar uma coisa dessas dá bastante trabalho, e só vale a pena para pessoas que realmente precisam. E fora isso, ser sua amiga seria muito mais legal do que ser sua webmistress.
Essa semana me ligou. Disse que precisava de ajuda, será que eu poderia passar no studio dele, e mostrar pra ele como transformar imagens en jpg ou tiff, com tamanhos específicos, pra mandar pra sua galeria no Canadá.
- Opa, claro. Isso é facil.
Fui, feliz da vida, e passei umas 3 horas na sua compania. Ele repetiu logo de cara que não queria um site. Eu disse que claro, já tínhamos conversado sobre isso, e eu sabia que o objetivo não era nada disso. Transformamos as imagens, com muito amor, carinho e paciencia. Conversamos, e passamos bastante tempo olhando suas fotos (ma-ra-vi-lhosas). Babei, passi horas em cada imagem, perguntei, discuti, analisei. E não foi pra puxar o saco, estava realmente interessada. Queria que minha irmã viesse, será que ele mostraria tudo de novo pra ela quando ela estivesse em Barcelona? Etc. e tal...
Quando estava prontinha pra ir embora, quase colocando o casaco, ele:
- Olha, eu sei o que disse agora pouco, e no outro dia também, mas na verdade queria que você fizesse o meu site.
Com uma gargalhada interior, eu disse que sim, claro.
Porque os artistas são assim. E é por isso que adoro trabalhar com eles.
Ontem fui ver o M. A mulher mais maravilhosa do planeta conhece o M, que mora em Barcelona a tempos, e insistiu muito para que eu ligasse pra ele. Não sou muito de ligar para desconhecidos na cara dura, e me aprensentar, e me convidar à virar amiguinha deles. Mas ela insistiu muito. E ela é a mulher mais maravilhosa do planeta, então eu faço tudo o que ela quiser. Liguei pro M, suando e tremendo. Fui tomar um café com ele. M é um amor de pessoa. Como ela, ele tem aquela aura de pessoa que faz o que gosta, que o faz extremamente bem, e que assume. Esta faltando grana, mas ele prefere fazer o que acredita, e, diz, deixar pra aproveitar as liquidações do ano que vem, ir levando até lá com a blusa velha do ano passado. Ele é como ela, passar umas horinhas na sua presença faz bem pra alma. A gente perde muito tempo, mas vai embora com aquele sorriso idiota na cara, que vem de não sabemos bem onde. Um sorriso de paixão platonica por uma pessoa do bem.
Na primeira vez que encontrei M, ele foi logo dizendo que não queria fazer um site. Insistiu que não quer, não gosta, não precisa. Concordei na hora. Expliquei que achava que montar uma coisa dessas dá bastante trabalho, e só vale a pena para pessoas que realmente precisam. E fora isso, ser sua amiga seria muito mais legal do que ser sua webmistress.
Essa semana me ligou. Disse que precisava de ajuda, será que eu poderia passar no studio dele, e mostrar pra ele como transformar imagens en jpg ou tiff, com tamanhos específicos, pra mandar pra sua galeria no Canadá.
- Opa, claro. Isso é facil.
Fui, feliz da vida, e passei umas 3 horas na sua compania. Ele repetiu logo de cara que não queria um site. Eu disse que claro, já tínhamos conversado sobre isso, e eu sabia que o objetivo não era nada disso. Transformamos as imagens, com muito amor, carinho e paciencia. Conversamos, e passamos bastante tempo olhando suas fotos (ma-ra-vi-lhosas). Babei, passi horas em cada imagem, perguntei, discuti, analisei. E não foi pra puxar o saco, estava realmente interessada. Queria que minha irmã viesse, será que ele mostraria tudo de novo pra ela quando ela estivesse em Barcelona? Etc. e tal...
Quando estava prontinha pra ir embora, quase colocando o casaco, ele:
- Olha, eu sei o que disse agora pouco, e no outro dia também, mas na verdade queria que você fizesse o meu site.
Com uma gargalhada interior, eu disse que sim, claro.
Porque os artistas são assim. E é por isso que adoro trabalhar com eles.